Agora que chegou o final de 2024 e nos preparamos para as perspetivas do novo ano, é crucial refletir sobre os desafios enfrentados no âmbito da formação de manipuladores de alimentos e as oportunidades de melhoria que nos aguardam em 2025. Durante este ano, as equipas responsáveis pela manipulação de alimentos encontraram uma série de obstáculos significativos, mas também identificaram áreas promissoras para promover uma cultura de segurança dos alimentos mais robusta nos estabelecimentos. Assim, é importante refletir sobre os desafios decorrentes deste ano que agora chega ao fim.
👉Durante o decorrer do ano de 2024, vários desafios se manifestaram no contexto da formação dos manipuladores de alimentos:
✨Alterações climáticas e impacto na produção de alimentos
As alterações climáticas continuaram a afetar a produção e distribuição de alimentos, criando desafios adicionais em termos de garantia da qualidade e segurança dos alimentos. As flutuações climáticas extremas e eventos climáticos imprevisíveis afetaram a disponibilidade de produtos frescos e sazonais, o que exige uma maior vigilância por parte de quem opera na gestão da cadeia de abastecimento.
✨Aumento das alergias alimentares
O aumento das alergias alimentares representou um desafio crescente para os manipuladores de alimentos, que precisam estar cientes e preparados para lidar com as preocupações dos consumidores. A identificação precisa de alergénios e a prevenção da contaminação por contacto cruzado tornaram-se prioridades ainda maiores para garantir a segurança dos alimentos para todos os consumidores.
✨Escassez de mão de obra qualificada
A escassez de mão de obra qualificada no setor alimentar tornou-se um desafio persistente em muitas regiões, o que dificultou a formação adequada dos trabalhadores e a manutenção de padrões consistentes de segurança dos alimentos. A necessidade de atrair e reter talentos qualificados tornou-se uma prioridade urgente para muitos estabelecimentos.
À medida que olhamos para o futuro, há diversas oportunidades para melhorar a formação dos trabalhadores e promover uma cultura de segurança dos alimentos mais robusta. Algumas destas oportunidades incluem:
✨Ênfase na educação alimentar
Apostar na educação alimentar pode ajudar a sensibilizar os manipuladores de alimentos para questões emergentes, como as alergias alimentares e a sustentabilidade. Promover formações que abordem estas questões irá desenvolver uma compreensão mais profunda dos desafios enfrentados pelo setor alimentar.
✨Inovação tecnológica na formação
Aproveitar as novas tecnologias, como a realidade virtual e a aprendizagem online interativa, pode tornar a formação dos manipuladores de alimentos mais acessível e envolvente. Isto pode facilitar o acesso à formação em áreas remotas e atrair uma geração mais jovem de profissionais para o setor alimentar.
✨Colaboração e partilha de melhores práticas
Fomentar a colaboração entre estabelecimentos e partilhar as melhores práticas pode ajudar a elevar os padrões de segurança dos alimentos em todo o setor. Promover uma cultura de aprendizagem e melhoria contínua pode beneficiar todos os envolvidos, desde os manipuladores de alimentos até aos consumidores finais.
✨Sugestões para capacitar as equipas:
• Investir em programas de educação alimentar para sensibilizar os manipuladores de alimentos sobre questões emergentes;
• Explorar e implementar tecnologias inovadoras na formação, como realidade virtual e plataformas interativas;
• Fomentar a colaboração e partilha de melhores práticas entre estabelecimentos para elevar os padrões de segurança dos alimentos em todo o setor;
• Priorizar a retenção de talentos qualificados através de programas de desenvolvimento profissional e reconhecimento do trabalho realizado.
De forma a ajustar a formação a desenvolver no seu estabelecimento, é fundamental realizar um diagnóstico de necessidades formativas. Este diagnóstico é uma ferramenta essencial para qualquer empresa que pretenda melhorar a qualificação dos seus trabalhadores e, assim, aumentar a competitividade do negócio.
👉5 passos para realizar um diagnóstico de forma simples e eficaz:
1. Definir Objetivos e Recursos da Formação
Identificar as metas a atingir com a formação a desenvolver: que competências ou conhecimentos se pretendem melhorar? Além disso, é fundamental avaliar os recursos disponíveis, como tempo, orçamento e equipamentos.
Para tal, é necessário fazer uma analise em três níveis:
• Organizacional: Analisar os objetivos da empresa, identificando áreas críticas para o negócio.
• Pessoal: Avaliar as necessidades individuais dos trabalhadores, como conhecimentos específicos ou dificuldades no desempenho.
• Funcional: Verificar as condições de trabalho, equipamentos e competências técnicas necessárias.
2. Recolher Informações
Para que a formação atinja os objetivos definidos é necessário recolher informação que indiquem o caminho a seguir, pelo que se podem utilizar métodos simples, como:
• Questionários para recolher a perceções dos trabalhadores;
• Observação direta no local de trabalho para identificar uma necessidade especifica;
• Reuniões para discutir as necessidades formativas com as equipas, promovendo assim um envolvimento desde a definição destas necessidades;
• Avaliações de desempenho que identificam as lacunas específicas de cada trabalhador.
3. Identificar Prioridades
Com base nas informações recolhidas é possível identificar as áreas que exigem maior atenção. Definindo assim, se a necessidade é imediata (reativa) ou se se trata de uma preparação para o futuro (proativa). Permitindo à empresa perceber se a formação a desenvolver tem como objetivo resolver carências e/ou antecipar necessidades da organização.
4. Comunicar Resultados
Partilhar as conclusões do diagnóstico com as equipas, promove o alinhamento de expectativas e aumenta a motivação para a participação nas formações. Permitindo que a empresa atinja com mais facilidade as metas definidas.
5. Elaborar o Plano de Formação
Com os dados obtidos, as ações de formação serão planeadas de forma clara e mensurável, sendo possível medir os resultados alcançados no final da sua implementação. Um plano de formação deve definir os objetivos específicos, os cronogramas de execução e os recursos necessários para implementar o plano.
Com estas etapas simples, é possível criar um plano de formação eficaz, promovendo o desenvolvimento dos trabalhadores e o crescimento sustentável da empresa.
Ao adotar estas estratégias e aproveitar as oportunidades de melhoria, os estabelecimentos podem fortalecer a segurança dos alimentos, a segurança dos trabalhadores e garantir a satisfação dos seus clientes.
O compromisso com a formação contínua e a excelência operacional é fundamental para o sucesso e sustentabilidade dos negócios do setor alimentar. Investir em formação contínua é mais do que uma obrigação, é uma oportunidade de construir equipas mais preparadas, inovadoras e alinhadas com os desafios do futuro. Ao priorizar o desenvolvimento dos trabalhadores, os estabelecimentos não apenas garantem a segurança dos alimentos e a satisfação dos clientes, mas também criam um ambiente de trabalho mais eficiente e sustentável. Com cada formação realizada, o setor fortalece a sua capacidade de responder às exigências do mercado e de liderar com excelência.
👉 Sobre a SARA HACCP
A SARA HACCP é uma ferramenta tecnológica que pretende ajudar as empresas do setor alimentar a desmaterializar os processos e registos do HACCP.
👉Para uma demonstração da SARA HACCP aceda aqui! Espreite também este artigo sobre a Segurança Alimentar!
👉 Fique a par das novidades DIG-IN através do nosso Linkedin! 🤝